Pausa
Na noite gélida de 4 de dezembro de 1926, a esposa do Coronel Archibald Christie deu um beijo de boa noite na filha, Nancy, e saiu da residência do casal, em Sunningdale, no seu automóvel Morris Cowley como quem não quer nada. Sua mãe havia morrido pouco antes e ela encontrava-se extremamente frágil. Deixara três cartas: uma para a secretária, com detalhes de sua agenda; uma para o cunhado, dizendo que iria descansar num spa; e outra para o sr. Christie, que se recusou a divulgar o conteúdo. Dois dias depois, um anúncio de seu desaparecimento aparecia na primeira página do New York Times. Começava uma caçada que incluiu polícia, detetives amadores, todo tipo de teoria, e até uma sessão mediúnica.
Onze dias depois, a célebre escritora Agatha Christie era encontrada num spa, exatamente como avisara ao cunhado. Havia se registrado com o nome de uma amiga do marido. Quando o sr. Christie foi buscá-la, ela o recebeu com um olhar duro. Quinze meses depois, a sra. Christie dava entrada numa ação de divórcio.
O Almanaque não sai na edição de praxe esta semana. Assim como a sra. Christie, ele retornará — não em onze dias, mas na próxima semana, como de costume. É a oportunidade perfeita para o leitor explorar os arquivos das edições anteriores.
que chique anunciar uma pausa assim. bom descanso, almanaque, até o próximo domingo